A linda lua de África Vai refletir, na tua pele (negra) Somos herdeiros do Alafin de Oyó O elo maior com a natureza Olhar de serpente, nobreza de raça Que quebra a corrente E não se entrega não Tem a valentia de um leão Brilhou Nos olhos o fogo ancestral Alumiando o ritual O céu e o mar, Orum e aiyê Se unem pra te proteger Ôôôô calunga é dor É um clamor por piedade Ê maré! Que dança Ê maré! Balança o tumbeiro Velho prisioneiro da desigualdade Ôôôô calunga é dor É um clamor por piedade Ê maré! Que dança Ê maré! Balança o tumbeiro Oceano inteiro é pranto de saudade O brado de Agotime ecoava Rainha, mãe naê do agongonô Galanga virou Chico-rei Palmares é o meu ylê Tem festa no quariterê Seguindo em devoção eu vou Ao ébano altar da ginga Toque de cabaça enfeitiçado Eu quero ver o negro ser coroado No porão da fé ôôô Leva afefé, meu afã (pro mar) E eterniza esse canto yorubá Eabadeiaia iaia aiê Eabadeiaia eiaiá Eabadeiaia iaia aiê Eabadeiaia Bangu vai cantar!