De onde vim? Pra onde vou? Águas turvas, maré viva Correnteza de histórias Irrigam nossas memórias Conduzidas por um fio Estradas de lembrar Instrumento vivente Atropelo suor de gente Sou meu passo torto contravento Mulher que gesta ideias no ventre Há de ouvir minha voz Não esquecer da dor Nem muito menos do amor Que rege as marés do mundo Mares revoltos sou das encruzilhadas Das águas turvas dos encontros dos rios E desconfio é daqueles Que só tem um caminho Hei de virar essa história do avesso Romper as suas constâncias Sincopar esse mundo hostil Instigar a revolução Correnteza de histórias Irrigam nossas memórias Conduzidas por um fio Estradas de lembrar São luzes que incendeiam As brechas das convenções Tradições de resistência Atravessam meus ancestrais Há de se crer no encanto Para entender a ciência Há de se ler a poética Para entender a política São luzes que incendeiam As brechas das convenções Tradições de resistência Atravessam meus ancestrais Nossos carnavais