Que tempos loucos são esses hein? O sol saiu mas eu quem não posso sair Quem tem casa no cantinho de castigo É a mãe a terra mandando refletir O barzinho tá fechado, o hospital saturado, eu sem você do lado tá mal Pra aliviar a insônia um dramin Pra aliviar minha dor um tramal Mas o alívio dos remédios não curam Quem dera fosse assim, facin Eu ja sabia que veria outra guerra Só não sabia que o boom viria de um atchim Humano sujou, o mundo girou Aprendemos que uma mão lava a outra O vírus de hoje é o mesmo de ontem não é o corona, é a coroa no homem Então atende o celular Porque agora não podemos se ver Mas sei que quando isso acabar Vai ser da hora o nosso rolê Distantes mas conectados Instinto coletivo mesmo estando isolados O mundo girou e se espalhou por todos os lados E só porque não pode ir pra fora, é que cê olhar pra dentro Até posso ver a natureza agora Além de asfalto e cimento E a escola parou, o banco fechou Mas tenho certeza que o amor não acabou Presidente falou, mas quem escutou Não pensou na saúde, só pensou no bolso Em meio a essa crise humanitária Sofre quem vive em condição precária Mas nossa força comunitária Resiste de maneira solitária Eu tô dando todo meu amor para o mundo Siga no bom astral Fuja do pânico, da paranoia e da insanidade virtual Eu preso na quarentena penso em quarenta tretas Centenas de letras minha antena vai sintonizar Penso na simpatia que eu via no olhar da tia que todo dia vendia o que hoje Ninguém vai comprar Pelo discurso absurdo de um corrupto sujo, que deveria ser mudo, contudo, ironiza Que eu vou ficar sem trabalho por causa desses palhaços To resfriado e nem panelaço vai me esquentar Então atende o celular Porque agora não podemos se ver Mas sei que quando isso acabar Vai ser da hora o nosso rolê