Sim, eu sei, Depois das seis, Não vai ter vez Quem nunca soube amar, Quem nunca soube como procurar Alguém pra dividir o sal da dor. Só que fez De outra tez Insensatez Que já não coube em si, Quem já não soube como reagir Ao fardo do pesar que vem do amor Eu não sei mais ser amor tão longe, Mas não sei se você quer que eu conte. Eu sou a voz na sacada, Que cala pra te ver dançar, Girando só pela casa, Eu vi O sol rodar pela sala, Só querendo ser seu par; Você sem dó, sem mágoa, Sorri, Sem me notar. Mais um mês E já não sei Se somos três Ou se a distância viu Que um resto de coragem reagiu E enfim se retirou com seu rancor. Ou talvez A timidez Se foi de vez E, então, você sentiu Que fora da sua sala alguém te viu Girando com o sol sem ter calor. Hoje eu sei que ser amor distante É sentir um pouco aquém do que é o bastante. Eu sou a voz na sacada, Que cala pra te ver dançar, Girando só pela casa Eu vi O sol rodar pela sala, Só querendo ser seu par; Você sem dó, sem mágoa, Sorri, Sem me notar.