A verdade é que o mundo não se importa Se hoje o role vai ta bom ou nós volta pra casa cedo Tenho todas as escolhas na minha mão Me sinto fora de mim eu me sinto preso Preso comum mas Valorizado como o maior fugitivo da guerra Nessas ruas sem asfalto ou nas ruas com asfalto Eu visando dar um salto por cima de um continente inteiro Como se isso fosse a solução Fugir pro outro lado do mundo pra tentar me encontrar Sendo que sempre me encontro nas calçada Junto as minhas pegada com licença pra chegar (Fé) Me sentir vivo novamente Como a muito tempo eu vejo almas Muito nobres que o dinheiro já não vale Eu vejo sons fantasiosos que não contam os detalhes Eu vou botar um ponto Esses são ossos do ofício Eu até sinto o gosto de Dois mil e vício E arte é externar muito do ruim Mas também trazer pra dentro Muito pra ser digerido Fazer mais do que você faz por si mesmo E tornar ao mundo aquilo que te soa corrosivo (Fé, fé) Eu tô enlouquecendo Ao mesmo tempo emergindo com minha primeira obra Por que se não ouvisse o grito dos beats Guardaria holerites e um dia a vida cobra Peço perdão por ter chegado tão tarde Nesse universo Eu verso minha vida e verdade Busco regresso E perto de tudo que minha mente Ainda vai transformar Tipo o poeta louco cearense Vou fugir pro uruguai Com a sede de secar mar Se acalmar, tão mundano Eu me sinto pequeno perante ao que eu tô mudando E pode bater forte porque eu não tomo dano E esse não for o fim é mais pra frente