Trovante

Namoro II

Trovante


Ai se eu disser que as tremuras 
Me dão nas pernas, e as loucuras 
Fazem esquecer-me dos prantos 
Pensar em juras 

Ai se eu disser que foi feitiço 
Que fez na saia dar ventania 
Mostrar-me coisas tão belas 
Ter fantasia 
E sonhar com aquele encontro 
Sonhar que não diz que não 

Tem um jeito de senhora 
E um olhar desmascarado 
De céu negro ou céu estrelado, ou Sol 
Daquele que a gente sabe. 
O seu balanço gingado 
Tem os mistérios do mar 
E a certeza do caminho certo 
que tem a estrela polar. 

Não sei se faça convite 
E se quebre a tradição 
Ou se lhe mande uma carta 
Como ouvi numa canção 
Só sei que o calor aperta 
E ainda não estamos no verão. 

Quanto mais o tempo passa 
Mais me afasto da razão 
E ela insiste no passeio à tarde 
Em tom de provocação 
Até que num dia feriado 
P´ra curtir a solidão 
Fui consumir as tristezas 
P´ró baile do Sr. João 

Não sei se foi por magia 
Ou seria maldição 
Dei por mim rodopiando 
Bem no meio do salão 
Acabei no tal convite 
Em jeito de confissão 
E a resposta foi tão doce 
Que a beijei com emoção 
Só que a malta não gritou 
Como ouvi numa canção