Sou um índio forte e das águas mansas No rio Araguaia eu sou pescador Tenho um rancho velho em plena floresta E uma índia bela que é meu grande amor Se me aborreço com a pescaria Pego minha flecha e saio a caçar Se alguma caça me cruza o caminho Garanto que fica morta no lugar Se o rio enche não me causa medo Eu não temo as águas, sou bom nadador Até mesmo as feras treme quando eu passo Atravesso o rio seja que hora for Sou um bom guerreiro, tenho o braço rijo De causar inveja ao próprio Tarzan Entre todas as tribos eu sou conhecido Como um índio forte filho de Tupã Gosto dos perigos e não temo a morte Sou de tribo forte, índios Carajás Adoro a floresta e gosto de ouvir Uma juriti triste a soluçar Minha índia bela é o meu tesouro Belos olhos negros da cor de tucum É mais perfumada que a flor agreste Sua voz é igual o cantar do mutum Se numa guerrilha de flecha ou tacape De lança ou de punho eu sei combater Na luta de corpo se o inimigo ataca Com agilidade sei me defender Tive em muitas guerras, já briguei de noite Já vi um combate romper a manhã Por ser índio forte, sagaz e valente É que sou chamado filho de Tupã