Do lado do cais do mocuripe Um pedacinho de praia ainda existe Na orla cental de Fortaleza O velho farol jaiman mantém a chama acesa O vento batindo ai a praia o vizinho, areia sobe sobre as casas e vaga no ar O quebra-mar avança sobre as ondas do titãnzinho A garotada toda, toda sai para surfar Ao entardecer Enquanto o Sol se esvai vai vai Ou ao meio dia, pode ser de manhãnzinha mesmo se a chuva cai cai cai Todo o tempo é tempo de sobreviver de sonhar e sair para sufar Com pequenos pedaços talhados de madeira Inocente brincadeira quem diria um dia iria revelar Mas no cais do titãnzinho Disputam feras mundiais Pesando nas ondas seu caminho de tal caminho e tantos outros mais e virão se der irão de vir se Deus quiser muitos outros mais O assunto corre pelos pecos Crianças, rapazes dropam ondas sem parar O surf explode em pelo gueto amenizando sofrimento e no refúgio do ar O surf explode em pelo gueto amenizando sofrimento e no refúgio do mar O vento mais irado da cidade Abriga também a triste realidade Mais tarde abrangentes nos barracos e vielas Da vida dura e sofrida vivida na favela Nas ondas do titãnzinho Não faltará mais esperança E o vento drope e mova novas ondas e moinhos Levando os jovens e crianças se apartarem do mal Vencendo a injustiça social (venendo, lutando) contra injustiça social Vencendo a injustiça social Vencendo a injustiça social