Ô, tamanqueiro, eu quero um par, eu quero um par Eu quero um par de tamanco pra eu andar Ô lá em casa tem um pé de pau Um pé de pau por nome jurema preta Mais pra cima, tem o diabo de uma velha E uma velha quebrando as espoletas Mais pra cima, tem o diabo de um macaco E um macaco a fazer tanta careta Mais pra cima, tem o diabo dum valente E o valente com o punhal na mão direita Mais pra cima, tem o diabo dum soldado Tem um soldado a tocar tanta corneta Ô, tamanqueiro, eu quero um par, eu quero um par Eu quero um par de tamanco pra eu andar Eu dei uma tapa no diabo da velha Ela deixou de quebrar as espoletas Eu dei um tapa no diabo do macaco Ele deixou de fazer tanta careta Eu dei um tapa no diabo do valente Ele caiu com o punhal na mão direita Eu dei um tapa no diabo do soldado Ele deixou de tocar tanta corneta Ô, tamanqueiro, eu quero um par, eu quero um par Eu quero um par de tamanco pra eu andar Arrebolei todo o trem fora da linha Atendendo uns amigos que ali vinham Pedro Alves não pôde, mas sem demora Das pontinhas do cabelo eu fiz escora Fiz alavanca de dois cambão de milho Coloquei o trem na linha O maquinista apitou e foi embora Ô, tamanqueiro, eu quero um par, eu quero um par Eu quero um par de tamanco pra eu andar