1° parte: é em fatos reais que eu me baseio parceiro/ com inspiração o dia-a-dia no gueto/ linha imaginaria entre o real e o inexistente/ dizem que minha letra é fruto da minha mente/ eu ergo a espada e a justiça me condena/ a verdade para o sistema sempre foi um problema/ cara to ligado o covarde foge sempre/ o forte analisa e na batalha surpreende/ usar de violência nem sempre e necessário/ muitas vezes a palavra breca o seu adversário/ guerreiro é aquele que faz pela melhora/ não aquele que diz que está esperando a hora/ pois de " um dia " muitos escritores viveram/ os contos as histórias no passado se perderam/ ensinamentos, mensagens foi tudo esquecido/ o pivete de hoje se espelha no bandido/ alguns mostram fascínio total pelas trevas/ e até chamam de DEUS o filho da queda/ alguns em busca do poder, cegos de ambição/ sem autocontrole entregues a tentação/ sei que do cálice sagrado bem poucos beberam/ mais no caldeirão do inferno muitos se perderam/ mó desanimo saber que a mina o moleque/ vão curtir meu som fumando um beck/ ou no final do som que não seja verdade/ na gaveta do I.M.L ou atras das grades/ REFRÃO: z/o l/o a vida e a morte/ se considera um jogo te desejo boa sorte/ o futuro é para todos a chance para alguns/ muitos que tentaram e não chegaram a lugar nenhum/ 2° parte: sei lá o que que pega ou o que acontece/ uma hora a chance vem na outra desaparece/ num dia eu tenho trampo, no outro desempregado/ hoje eu to vivo amanhã eu sou finado/ cara mó depre sinto mó barato estranho/ o mundo vai girando mais eu não acompanho/ me sinto fraco, mais sou forte o mal quis me destruir/ fez, tentou, lutou mais eu não cedi/ sou guerreiro, nasci para grande guerra/ meus soldados estão no gueto, no morro, na favela/ sou cruel, sem perdão não tenho dó do inimigo/ ele deu o primeiro tiro, iniciou os homicídios/ deixou para o meu povo miséria como herança/ e para obter dinheiro viciou até criança/ mas a verdade prevalece, ponho as cartas na mesa/ a real é f*** e hoje eu vejo com clareza/ o cenário é deprimente, infelizmente é lastimável/ um pais rico ao mesmo tempo miserável/ terra das corrupções, chantagens, falcatruas/ a justiça aqui é cega e sobre o pobre que ela atua/ joga o dado vamos, segue o jogo vai/ enquanto alguns pregam a guerra, minha rima prega a paz/ uma conversa com um irmão, me deu mó força contra o crime/ DEUS sempre estende a mão aos mais humildes/ o caminho do criminoso, simplesmente é f***/ começa na esquina e termina na cova/ se achando o malandrão o poderoso e tal/ aparece um mais malandro e ponto final/ sei que o mundo não tá louco que está louco é o povo/ que vai levando a vida como se fosse um jogo/ perdidos nas drogas, roubando, se prostituindo/ mentindo e alimentando sentimentos pervertidos/ joga o dado vamos, segue o jogo vai/ enquanto alguns pregam a guerra, minha rima prega a paz/ REFRÃO: z/o l/o a vida e a morte/ se considera um jogo te desejo boa sorte/ o futuro é para todos a chance para alguns/ muitos que tentaram e não chegaram a lugar nenhum/ 3° parte: seqüência de tiros, anunciando o toque de recolher/ que vive na favela sabe como é viver/ na mira de traficantes ou inimigos fardados/ engatilhe a consciência, fique preparado/ não tome o crime com exemplo, pois o mesmo é f***/ se desconhece a parte podre, só pilantragem que rola/ se desandou adeus, o problema é seu/ cada um erra e paga pelo que cometeu/ choro, desespero, luto decretado/ mas um saiu daqui direto para o caixão lacrado/ a vida e a morte um ponto de enterrogação/cada um tem uma versão, para mim é sem resolução/ respiro ódio, aspiro paz/ na balança da sua mente minha letra pesa demais/ sou capaz de guia-lo a consciência/ pois o DEUS do impossível aqui mantém presença/ na periferia, gueto, subúrbio, favela/ onde existe luz não existira as trevas/ nos quatro pontos cardeais o que vale é o proceder/ a vida é muito bela quando se sabe viver... O universo unioverso (2008)