Quando alguém me apresentou Essa moça tinha um jeito raro De quem sabe muito bem o que querer Ela não me destratou Mas era como se tivesse Uma fortaleza para defender Na janela tudo era uma tela Tudo cena Lua plena Pronta para nos aproximar Mas o quadro não foi esse não Eu vi sua mão já no botão No hall Sai do elevador Toma um carro E sem ela a rua volta a sua escuridão habitual De quase se perder Mas não cultivo a dor Vou tocando avida do meu jeito Sempre muita coisa para se fazer Na janela a lua é bela O mundo é dela Tudo cala quando ela vai falar Mas não ouço ela falar Porque sempre o que eu ouvi foi não E um outro não e não e não Um vão Quando enfim se desarmou Era outono E eu pressentia que algo novo e bom Estava por acontecer Música no gravador Uma brisa leve Eu sentia sua pele Em ondas de muito prazer Na janela agora é ela Nada é tela Tudo sela a nossa sorte Quanta sorte nos sorri Já não troca mais o sim por não E eu dou razão É bem melhor deixar rolar essa paixão