Minha alma é triste Como o chão deste cerrado Que se estende desolado Por mil léguas de silêncio e solidão. E onde a mulher Que tem o meu sonho acorrentado? Nem parece dar cuidado À grande mágoa que me vai no coração. Amor, meu tormento, Meu céu é meu chão Onde só se ouve o vento Gemendo de paixão. Amor, minha mágoa, Que nada desfaz Este pranto sem água, Esse canto sem paz. Ah! Se ela, enfim, Sentisse nela de repente Que ela cala, mas consente, Que ela sente que eu só quero os braços seus. E um dia assim, Como quem faz porque acontece, Num abraço ela me desse A esperança de poder dizer-lhe adeus.