Chora assum preto, chora azulão Chora asa branca, chora meu sertão Partiu pra longe o velho sanfoneiro Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói Ao oiar a passarada Se mudando do sertão E uma seca danada Que matava as prantacão Perguntou pra Deus do Céu Por que tamanha judiação? Por que tamanha judiação? Chora assum preto, chora azulão Chora asa branca, chora meu sertão Partiu pra longe o velho sanfoneiro Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói Longe da terra amada Teve um dia que ficar Mais a sede da saudade Que mostrava no cantar Foi crescendo a cada dia Lhe tangeu de lá pra cá Foi crescendo a cada dia Lhe tangeu de lá pra cá Chora assum preto, chora azulão Chora asa branca, chora meu sertão Partiu pra longe o velho sanfoneiro Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói Hoje longe muitas léguas Vejo no céu do sertão Na estrela mais distante O poeta do baião Espiar de lá de cima Com sodade do torrão Espiar de lá de cima Com sodade do torrão Chora assum preto, chora azulão Chora asa branca, chora meu sertão Partiu pra longe o velho sanfoneiro Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói Ai, como a saudade dói