Neste norte distante, do meu Amazonas O rio um gigante que corre ligeiro É sempre o primeiro a chegar no mar O vento rasteiro, o ar quente e úmido Um vale profundo mexendo com a gente Um rio orgulhoso sereno e constante Corre sem parar pro rumo do mar Corre sem parar pro rumo do mar Este rio, esta terra, um palco de guerra Inundado de sangue O branco português invandiu o torrão E tingiu todo o chão de sangue baré Então Ajuricacaba o lider da taba Plantou sua força gritando primeiro Esta terra tem dono e é nosso este chão Este rio, esta mata, esta gente pacata Não quer lutar não E a tribo Baré perdeu a batalha Caindo na malha do branco invasor Preso Ajuricaba o guerreiro da taba Foi acorrentado e por fim sepultado No fundo do rio onde se lançou Laurauê lauê, lauê lauê larauá Laurauê lauê, lauê lauê larauá E o branco implantou a cidade Baré Rainha da gleba da taba da selva Desta gente de fé E a terra cabocla úmida e tropical Não é mais arraial E a terra cabocla úmida e tropical Não é mais arraial Laurauê lauê, lauê lauê larauá Laurauê lauê, lauê lauê larauá