Amo do boi: Ê vaqueiro, fama real Chamo, ninguém me responde Olho, não vejo ninguém Quero saber quem tirou a língua do meu boi Não sei ao certo, mas desconfio quem foi Vaqueiro: Pronto, senhor meu amo Desculpa a demora, mas aqui estou Estava no campo de mazagão À procura do seu boi Pelejei, mas não encontrei nenhum rastro pelo chão Perdoe, senhor meu amo Já parti meu coração Amo: Reúna os caboclos e a vaqueirada Pra capturar tinhoso matador E traga amarrado o pai francisco Que ele vai pagar com sua dor Vaqueiro: Pronto, senhor meu amo Eis o fugitivo e sua mulher Que está prenha e comeu a língua do boi Seu desejo não ficou pra depois, depois Amo: Diga, pai francisco Por que matou meu boi? Pai francisco: Não quis matar Eu só queria a língua tirar Pra desejo saciar E catirina não me apurrinhar Dizendo que o nosso filho com cara de boi ia chegar Amo: Olha, seu cabra, paciência acaba Tiro vida, sangue e ponta de barba Caso não dê jeito no mais afamado touro do lugar Pai francisco: Não se apoquente, meu patrão Vou resolver essa questão Vou chamar o curador poderoso pajé Rufa tamurá! Balança maracá! Rufa tamurá! Balança maracá! Amo: Urrou o meu novilho Meu amado garantido O meu povo está em festa Viu meu boi ressuscitar Boi, boi, boi, boi Boi, boi, boi, boi Tradição da festa de boi-bumbá Boi, boi, boi, boi Boi, boi, boi, boi Essa tradição vamos celebrar