Poeira na estrada quando sopra o vento Faz roda moinho varrendo o caminho De mato a dentro Boiada pastando, o galo cantando, peão cavalgando De longe se vê O sol que clareia por trás das colinas no amanhecer Sabia que canta, canário gorjeia Em cima das telhas só os bem te vis A noite aproxima orvalho e neblina no entardecer Cobrindo as campinas Só vendo pra crer lugar bom de viver Saudade aperta longe do recanto Até os meus prantos no rosto a correr O meu velho pai e a minha mãezinha Ficaram sozinhos sem poder me ver Minha namorada também lá ficou Não esqueço o sabor dos beijos roubados Das juras de amor, delírios de um sonho de apaixonados. É chegada a hora de voltar pro mato Pra minha cidade que felicidade Vejo muita coisa por aqui mudou O tempo passou mais eu nada esqueci Da vida se leva o amor e a lembrança Da minha querida terra onde nasci Matando a saudade revendo a familia Os velhos amigos lotando a casa Contando lorotas a turma reunida Tomando cerveja, churrasco na brasa Sanfona e viola animando a festa Seresta contando os casos da vida E deus abençoando isso tudo eu vejo Pois brilha no céu O luar sertanejo