Na estrada de Macaíba Lá do arto a gente vê Um ranchinho solitário É tão triste como o quê Lá morava Pai João Eu vô conta pra vancê Foi carrero caprichoso Do boi não posso esquecê Seu carro de Caviúna O cocão triste a gemê Ruía no coração Das cabocla frôr do Ipê No tempo da mocidade Pai João era nego forte Foi um home arrespeitado Caboclo de muita sorte Era o peão mais conhecido Do Marruero do Norte Hoje é a tapera existe Pra nossa recordação A sua boiada triste Mugindo lá no espigão Seu carro tá apodrecendo Esquecido no ranchão Hoje tudo é tristeza Vê seu rancho abandonado É um recanto de saudade Uma sombra do passado De Pai João fio do Norte O Marruero afamado