Aquele que nasce pobre Sem nome e sem cabedal Não pode trazer o peso De um pecado original De modo que, de acordo Com o meu requerimento Perdoado nasce o pobre A partir deste momento Ô, meu mestre como é Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, meu mestre! O rico não faz questão De um pecado tão pequeno Ele tem muitas maneiras De tirar compensação Mas não, não pense meu mestre Que eu seja de pouco siso Que aceitando o meu negócio Terás grande prejuízo Ô, meu mestre como é Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, meu mestre! Pois havendo pouco rico E de pobre um enormanço Imaginei que querias Equilibrar teu balanço Nascerão com cada rico Três pecados desses tais Que serão como trigêmeos Muito mais originais Ô, meu mestre como é Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, meu mestre! Sendo um por sua conta Os outros dois se remonta A uma suave taxa Com que o rico colabora Para o vosso livro-caixa E assim a humanidade Com justiça vai viver E vossa contabilidade Batendo o deve e o haver Ô, meu mestre como é Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, meu mestre! Apregue-se em todo berço E se reze em todo terço Ô, ô! Como é meu mestre, ô! Ô, meu mestre como é Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, ô Como é meu mestre, meu mestre!