"É latente em mim Essa conclusão Que eu não posso reverter Se arrastam em mim As indagações Que eu não posso preencher Nessa procissão Caminhando ao fim Me consola entender Há um bem maior Logo vai cessar meu Sofrer Mãos que eu não sei reger Passos que eu me vi perder A dor anuncia o meu desprazer Que chega a cada arfar Se a vida aprisionou O que em mim restou Que a morte venha libertar Nada mais virá Eu não nego a vida Dei vida ao que eu vi E nenhum milagre detém meu querer Eu vivi de encanto e é entre tantos Que eu seguirei Não há mágoas por levar Só a ânsia de esperar Um desfecho que me toma o chão Por viver sem me poupar Eu não temo o que virá O que resta a mim será Minha redenção, Minha redenção Mãos que eu não sei reger Passos que eu me vi perder A dor anuncia o meu desprazer Que chega a cada arfar Meu atos que esbarram no impossível ao nascer E cada tentativa assombra o dom que perdi em vida Tanta cor que a janela anuncia Cada cor só realça a palidez que desmancha A distância em vigor Que vai colorindo a minha ânsia E logo mais toda angustia que me torna escassa Some com a grandeza que me abraça Move a compaixão Transforma, torna vasto o mundo que me adorna E o que prevejo Alça em meu desejo algo que desate as Mãos que eu não sei reger Passos que eu me vi perder Cessam meus limites Cumpram meus limites Que não tardam a se render Mãos que eu não sei reger Passos que eu me vi perder Sigo ao infinito e vou liberta dos Limites que eu não soube ter"