Não uso calça de punho, nem chapéu de outro vivente Tenho cultura no sangue desta minha raça cruzada Eu tenho o cheiro da terra d'um rancho a beira da estrada Eu tenho o cheiro da terra d'um rancho a beira da estrada Quem não respeita o passado, não sabe da onde vem Perto de que povos têm, sem gente, não é o bastante Tu tem que saber o que fala pra não ser ignorante Tu tem que saber o que fala pra não ser ignorante Assim, eu vivo no tempo, mesmo não sabendo nada Meu rastro ficou na estrada, aonde cruzei um dia Dando oh! De casa em tapera no cerrar da ave Maria Dando oh! De casa em tapera no cerrar da ave Maria Escuto o que os outros falam, mesmo não acreditando Assim, me vou campereando no campo do desengano Sou o retrato do passado na estampa de um veterano Sou o retrato do passado na estampa de um veterano Quando me perder no tempo, vou seguir o rastro dos outros No meu instinto de potro, lá me vou devagarito Entre mentira e verdade, um dia, eu morro solito Entre mentira e verdade, um dia, eu morro solito