Foi Gandhi que disse, Tô com ele e não nego, Olho por olho, o mundo vai acabar cego Justiça feita na mira do parabelo Dente por dente e o mundo acabará banguelo Não fique triste se alguém se roer de inveja O olho gordo aleija quem na vida não vigia Abençoando a guia, rogando à divindade A água da caridade e o vinho da sabedoria Desde o princípio, nos tempos da Escritura, Já havia criatura feita por Deus soberano Arquitetando um plano, querendo a divindade O fogo da vaidade queima todo ser humano No mar de lama que recobre toda a Terra O bem trava uma guerra que revira o mal do avesso Dos tempos do começo, no campo e na cidade Luta em nome da verdade estabelecendo o seu preço Sei que a palavra é algo frágil feito o vidro Mas eu sempre leio o livro cuja luz cura a cegueira Tirando a viseira, o coxo anda no escuro Mudo fala do futuro e o mal acaba na fogueira