Respeite a coroa em meu pavilhão A desfilar na avenida Carrega os fios de Isabel, da liberdade É minha vida, é a Vila! O brilho, a raiz, a sedução O universo em sua formação Nas longas madeixas de Shiva Dos ritos aos astros Os mitos que enlaçam Antigas tradições Festejando novas gerações Sansão, forte, se apaixonou O corte enfim revelou Dalila Trança a paixão, o nobre fiel Às lágrimas viu Rapunzel mais linda A força e o amor cobriram o corpo Vencendo as rédeas da exploração Perucas no Egito, poder divinal No luxo da França, adornam o Rei Sol Aqui, entrelaçado em ouro Vi florir a alforria, sonhos colorir Em tantas formas buscar perfeição Para os poetas a inspiração, afinal Charme e tom sensual Moldaram a beleza do meu carnaval Modéstia à parte, amigo, sou da Vila Quem é bamba nem sequer vacila Envolvido entre cabelos, me sinto arrepiar Feitiço refletindo no olhar