Pela planície, correndo solto Sopra um vento quente Sopra um vento louco Ele seca a garganta Ele dobra a seara Cheira a outra mundo E a terra queimada Ele fecha a janela Ele bate a portada A casa vazia Da vila abandonada E a poeira que sobe Rodopiando no ar Transporta imagens Que eu não consigo lembrar E agora eu vivo Numa cidade fantasma Onde o vento arrasta Farrapos e almas Leva-me daqui Desta cidade fantasma Coberta de pó, saudade e mais nada