Dembwa é o cajado de Lemba Dembwa é nkindu ia ngeemba Dembwa é o rei aos pés do malembe Milho branco e saia de renda Menino caminha pra sonhar Dona Terezinha é o chorar Seu Zezinho de Aninha é o chegar 10 de agosto é dia de mudar Dembwa é o ofício de abrir os braços Quando não há quem se abraçar Dembwa é o pescador esquecendo os laços Nas águas que vão além do mar Dembwa é muita terra pra poucos passos E muito perdão pra levar Dembwa é Zambi tendo que esperar O tempo pediu pra folha dançar Pra folha dançar e nunca parar E sempre curar o dia O tempo é o mundo todo E é o sangue da mulher Lá em cima o meu povo E acima dele o Candomblé Vai levantar, vai levantar, vai levantar Vai levantar até aquele que morre logo Por morar em sua fé Vai derrubar, vai derrubar, vai derrubar Vai derrubar até a vida mais colorida E o argumento de quem bem quiser Dembwa é o cajado de Lemba Para o ato de caçar, Dembwa precisa cantar Vento que nos perfurar, Dembwa precisa cantar Rio que cicatrizar, Dembwa precisa cantar Pro Guerreiro nos guardar, Dembwa é o lugar de guardar