Não se vê mais boi de carro, nem poeira de boiada, Não se vê mais o carreiro, nem carro de boi na estrada. O carreiro foi um valente, desbravando o sertão, Era meio de transporte, era nossa condução, Era boi puxando carro, carreiro na solidão, Foi um grande sofrimento, naquela estrada de chão, Carreiro e carro de boi, há muito tempo já foi, O orgulho da nação. Não se vê mais boi de carro, nem poeira de boiada, Não se vê mais o carreiro, nem carro de boi na estrada. Obrigado boi de carro, obrigado meu carreiro, A luta será lembrada, pelo povo brasileiro, Você lutou nesta terra, como um soldado guerreiro, Quem transporta o progresso, agora é o caminhoneiro, Caminhões e as jamantas transportam o que o povo planta, Por este Brasil inteiro. Não se vê mais boi de carro, nem poeira de boiada, Não se vê mais o carreiro, nem carro de boi na estrada. O carreiro não grita mais, o sertão emudeceu, Boiada saiu da canga, e o carro apodreceu, E só ficou a saudade, do cocão que já gemeu, Asfalto cobriu a terra, onde o carreiro sofreu, Caminhões e caminhoneiros, colocaram meu carreiro, Pra viver na paz de Deus.