Tião Carreiro e Paraíso

Minha Terra, Minha Infância

Tião Carreiro e Paraíso


Quisera que a vida trouxesse de volta...
Meus entes queridos que a morte roubou...
Meu corpo cansado voltasse à infância...
Aos sonhos dourados que o vento levou...
A minha casinha que um dia deixei...
O tempo impiedoso já desmoronou...
Aqueles caminhos tão lindos da roça...
As chuvas em poças também transformou...

A namoradinha...
Do banco da escola...
Pelo mundo a fora...
Nunca mais eu vi...
Talvez me esqueceu...
Ou ainda recorda...
Seu pranto transborda tão longe daqui...

Quisera rever a velha paineira...
Auroras em cores...
Minhas madrugadas...
A lua prateada a canção do poeta...
As noites de junho a vendinha da estrada...
A velha porteira o grande curral...
Berrante choroso chamando a boiada...
Agora distante de tudo isto...
Estou submisso à saudade malvada... 

A namoradinha...
Do banco da escola...
Pelo mundo a fora...
Nunca mais eu vi...
Talvez me esqueceu...
Ou ainda recorda...
Seu pranto transborda tão longe daqui...