Lá no interior é que eu fui criado E desde pequeno eu fui esforçado Fazendo lavoura neste rico estado Com a minha enxada, a foice e o machado Todas madrugadas os galo cantava Muito satisfeito eu me levantava E a minha enxada eu logo amolava E rumo ao serviço eu já caminhava No findar o dia o sor descabava Deixava o trabaio pra casa eu voltava Minha companheira que me acarinhava Lá na porta do rancho ela me esperava Lá tinha de tudo nada me fartava Uma boa viola nela eu disfarçava Um pingo estima que nele eu andava Que vida feliz que lá eu levava Eu sempre lutei pra vida ganha Mudei pra cidade pra mim descansá Mas falo a verdade não é por gabá Que o viver na roça não tem otro iguá Meu viver cantando é pra disfarçá A grande saudade que eu sinto de lá E as veis suspirando pego a relembrá Da velha choupana meu berço natá