Velha gaita botoneira De uma xucreza tamanha Que faz o índio bacudo Num fandango de campanha Sentir-se dono do mundo Golpeando um trago de canha. Me embala velha gaitita No teu toque cadenciado Pois no olhar da morena Já me paro enamorado A emoldurar primaveras Que hão de florir ao seu lado. Essa gaita de oito baixos Relíquia xucra de outrora Acende um baile de rancho No tilintar das esporas Quando empeça uma vaneira Nos bailongo lá de fora Quando os pares se entrelaçam Bailando no teu balanço O gaiteiro ganha asas Revoando no céu manso A mirar canoas lindas Deslizando nos remansos Quando tu fechas o fole E se apaga o lampião na sala Me voy levando no peito Uma saudade baguala E a fragrância da minha linda Entranhada no meu pala