Tiago Junqueira

Selva de Pedra

Tiago Junqueira


Não tem dinheiro que pague
O cheiro de chuva na terra
O aroma do café torrado logo de manhã
O gosto do queijo curado
E o leite tirado na hora
Eu tinha tudo que amava
E só dei conta agora

Até a poeira da estrada eu sinto saudade
O verde da mata traz felicidade
E é triste o cinza da poluição

Meu coração não bate em selva de pedra
Meu coração é puro caipira e não nega
Quero voltar mas não posso
Porque nessa cidade grande já criei raiz
O asfalto aqui não se compara
À estrada de terra que me fez feliz