Tanta coisa acontecendo que da medo A justiça entalada e a desgraça enlatada Vendendo mentiras, essa pouca vergonha na televisão Eu odeio e digo sem medo Essa profana ilusão Banquete dos desgraçados Parasitas nervosos do meu sangue capital Mas a carne é fraca meu irmão A boca estourada da camada de ozônio Vomita uma tempestade da descrença Garganta abaixo, nos desertos dos ossos No rabo da preguiça, inocência arrombada Estupro do não. Já não há mais o que salvar Nesse trem desenfreado Que o motor não enguiça Fazer o que? Se no meu quintal Jaguatirica, a onça pintada Espanta urubu e vigia a carniça.