De tudo que pôde pegar da vida, apanhou Ela pensava ser o inferno o bairro onde morava Foi levando a vida empurrada pelo tempo Quando foi jogada pra fora Não teve tempo pra entender A violência que tinha passado Depois de algumas garrafas na cara Auto-mutilada, discriminada Renegada, reduzida a nada O marido quando bebe fica de cabeça quente Coagida, escondida na casa de parentes Um dia num delírio de dor Quase se enforcou com o velho terço Que trazia nas mãos.