As vigas da solidão Insistem em não se romper E as curvas desta estrada Querem me ver padecer O sangue não estancou E essa ferida aberta Se abre um pouco mais A cada dia que passa O vírus se espalhou E a violência não cassa A natureza agoniza Respira o ar que lhe resta Os rios se transformaram Bem como os nossos mares Grande tapete a esconder O lixo que produzimos Amizades virtuais cabem na palma da mão E o que se fez, não postar É como se não viveu Eu canto em dó (dor) maior Mas minha dor é maior O mundo adoeceu Mas, sim, há uma luz a brilhar Há um acorde a soar Há uma palavra a dizer A cura está bem em nossas mãos Em pensamentos, ações Conjuntas para viver em paz