Pedras, flechas, lanças, espadas e espelhos Alcançar as paradas por qualquer meio necessário, tá ligado? Você já deve ter ouvido falar disso em algum lugar Eu peço a licença pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço licença pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço a bênção pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço licença pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço a bênção pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu nunca fui santo Vim derrubar barreira, sem te jogar lama O que eu tenho são pérolas pra compartilhar Sinto o calor do ninho do urubu em chamas Mas que por vingança, eu vim incinerar O capitão do mato, o sr. Do engenho Toda a casa grande e quem mais vier E avisa a sinhazinha que a pele dela Foge do que eu gosto em padrão de mulher Cês não gostam de padronizar Eu sou o tipo de preto padrão Que não é por que rouba o coração das paty Que a família delas vê como ladrão No meu olho tu vê a ambição De quem não aceita não viver em liberdade No teu olho eu vejo o desejo de acorrentar preto Ou então manter atrás das grades Eu vim pra matar todos vocês Se eu não falo de corpo, eu falo de alma Ebó com as palavras, mandinga matreira Pra quem escraviza, depois pede calma Transformei trauma, amplifiquei voz Busquei ser autônomo, hoje tô veloz Compartilhei méritos, não estamos sós Sou o rei dessa porra, então o rei somos nós Eu peço a licença pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço licença pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço a bênção pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço licença pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu peço a bênção pro meu santo Porque eu nunca fui santo Eu nunca fui santo É respeito ao ancestral Papo de visão, tá ligado? Saber quem você é Se conectar com seu passado E entender que o passado às vezes tá lá na frente Você conhece quem atirou uma pedra hoje E acertou no pássaro ontem