Se um cabra safado vem me abestalhar, Eu digo com um murro pra ele se assuntar. Se ele voltar de alma pra vir me penar. Mando ele ligeiro praquele lugar. Dei dois tapas, um murro no meios dos córneos, Enfiei-lhe a cabeça no mictório enquanto gritava Por Pedro Notório Que veio correndo pra me afrontar. Sai correndo pro meio do povo Tentado evitar aquele alvoroço De gente apexada e desengraçada puta da vida Querendo me matar. Me escondi no mato pra ninguém me achar. Me perdi, pois de besta corri sem olhar. Com medo gritei pra alguém me encontrar E Pedro Notório veio lhe salvar. Que merda que medo, que mundo pequeno! Num aperto de Mãos, me arrancou o dedo. E de meigo ou de ruim me chamou de jeito Pra casa dele pra gente jantar Um prato de carne ao queijo qualho Feito ao leito com bastante alho No ponto e bonzinho, Temperadinho, tão gostosinho que é de matar. Como pude ser besta e o convite aceitar? Se a pouco esse Pedro ia me quebrar? Me borrei de medo ao me lembrar Que o gosto de Pedro era peculiar. Me empurrou no peito, cai de jeito Bati com a cabeça num grande azulejo Só pra ser cortado em cubos quadrados E ser feito ensopado pelo animal Bem temperado ao leite e alho Morri porque fui um pouco otário E acabo agora bem degustado Aos mil pedaços pelo canibal.