Lampião alumia Nossa hora já chegou O califa anunciando que a nossa vitória vem Muçurumim levanta a poeira vermelha No sertão da mesquita: Guerreiros da Vila Vintém Óxente Tudo é sertão no meu nordeste Sou mas um cabra da peste, sertanejo é a canção Sou eu menino descalço brincando No chão rachado imitando um pranto de felicidade Com a roupa costurada a cipó Nessa terra de luz no orvalho da noite ao brilho da Lua No abeçê dessa vida vou levando Aqui se aprende amar o samba o baião e o forró No céu de são januário seu Lua brilhou Zabumba oito baixo na sanfona misturou Viver no sertão é ser tão feliz O maltuf arretado chega em meu país Baião de mouro é do nordeste Sou tuareg não se avexe não O som é a raiz dessa gente É vento do Saara no sertão Herança que chega em dunas de areia Vira estrela no chapéu de capitão Quantos aqui seguem a romaria de Maomé Pra ver Padim Ciço sertanejo vai a pé Beduíno no deserto romance armorial A pedra do reino azuleja o quintal O aboio do vaqueiro chama o boi vermelho Cangaceiros de Aláh rasgando O silêncio das mil e uma noites Ao som da viola rebeca e pandeiro No muié rende muié rendá