Oh! Pai! Divino Mestre Do Barro a criação vital Legado que no vilarejo cintila Vejo moldado em argila o carnaval Venho do Alto Sou brincante independente Lavrando a alma desse mundaréu Da poesia agrestina, resistente Que de repente vem saudar Padre Miguel Do Ipojuca a essência natural Pra arte dos sonhos da vida real No galope matutino, massapés a balançar E marmeleiro na fornalha Cardeá Tem Quebra-Milho, é! Canavial Desce a Branquinha pra labuta prosperar Marias e Josés No Cangaço, a nobreza dos fiéis Obras do imaginário Mané Pãozeiro vislumbrou esse cenário Em Junho boto fé na festança Quem é das bandas faz a roda cirandar Caboclo no reisado ergue a flecha aos Jaraguás Da prosa vem a luz Pro inventário ideal de um país Olha pra Terra de meu céu, amor! Vem cantar e ser feliz Povo batuqueiro mete a mão na massa Brilham as estrelas do sagrado chão Coro no pandeiro, Salve a Mocidade A Pioneira voz do meu sertão