A Lapa é tua, é minha, a Lapa é nossa Dos malandros e madames Estrela da noite carioca Eu vi (ah eu vi) Os escravos na construção Do aqueduto que um dia seria Cartão postal e fonte de inspiração Entregue a esta magia Ao fruto da minha imaginação Quando eu li o enredo do poeta Delirei de emoção As águas de Oxum Sob as bençãos de Oxalá Saciou a sede do sinhô e da sinha Esses arcos tem magia E muita história pra contar O malandro dá rasteira Faz sorrir e faz chorar E ai, com a chegada da nobreza O luxo e a riqueza dominavam o salão No badalar do sino da igreja A arte ganhou vida de Debret a Selaron Pelas ruas e becos caminhei E nos botecos eu também beberiquei Nos cabarés muitas mulheres eu beijei Eu fui feliz onde madame foi rei Em meu delirio fascinante Eu vi seu Zé, o grande protetor da Lapa De térno, gravata e chapéu panamá A minha Caprichosos ele veio abençoar