Rufam os tambores... Ecoam atabaques Anunciando que o cortejo vai passar Sou raiz... Sou a cubango Meu quilombo é niterói Negros somos todos nós África... Berço da ancestralidade No grande congo encontrei identidade Terra de rara beleza Desfilei pra realeza em festejos E sublimes rituais Comércio, a fonte da prosperidade Nas minas, o trabalho em comunhão O ouro traduzido em riqueza A influência portuguesa Gera ganância, cobiça e traição Irmãos vendendo irmãos... Singrando um oceano de incertezas Com a força da fé Venceu correntes e correntezas E nesse chão... Um novo mundo de esperança A confiança de um dia ser feliz Foi braço forte que ergueu a economia Mesmo oprimido não perdeu sua raiz Fazendo a moenda girar... E no solo brotar Sementes de africanidade Em cada face da cultura, a pujança Maracatu... É jongo... Samba... É capoeira O batuque não se cala Desde os tempos da senzala É molho, tempero e ginga... Talentos que dão olé Na luta por liberdade e defendendo a sua fé A chama que não se apaga... O negro é A chama que hoje me invade... Negra é...