O Fortuna Velut Luna Statu variabilis Semper crescis Aut decrescis Vita detestabilis Nunc obdurat Et tunc curat Ludo mentis aciem Egestatem Potestatem Dissolvit ut glaciem Sors immanis Et inanis Rota tu volubilis Status malus Vana salus Semper dissolubilis Obumbrata Et velata Michi quoque niteris Nunc per ludum Dorsum nudum Fero tui sceleris Sors salutis Et virtutis Michi nunc contraria Est affectus Et defectus Semper in angaria Hac in hora Sine mora Corde pulsum tangite Quod per sortem Sternit fortem Mecum omnes plangite! Ó Sorte, És como a Lua Mutável, Sempre cresces Ou minguas; A detestável vida Ora frustra Ora satisfaz Com zombaria os desejos da mente. À miséria, E ao poder Os dissolve como gelo. Sorte imensa E vã, Tu, roda a girar, És má, Vã é a felicidade, Sempre dissolúvel Nebulosa E velada Também a mim contagias; Agora por brincadeira O dorso nu Entrego à tua perversidade. A sorte na saúde E virtude Agora me é contrária, Dá E tira Mantendo sempre escravizado. Nesta hora Sem demora Tange a corda vibrante; Pois a sorte Abate o forte, Chorai todos comigo!