E eu te escrevo como sempre escrevi Canto sem nem saber se vai me ouvir E se ouvir, nem sei se um dia vai cantar As palavras que ainda insisto em te dar Baguncei-me E tudo já não mais está como deveria estar Nem sei como dizer Mas só quero poder te ver e te encontrar E naquele lugar arrumar tudo com você Eu sei que passou tanto e ainda vai passar Sei o que tá passando Quero ajudar Mas me perco nos cantos que vai escutar Nem sei se isso é tanto ou pouco pra mostrar O tanto que eu guardo E nem sei por que acumulei tudo isso ao encontrar você Gravei desde o início mesmo sem entender E agora me pergunto o que devo fazer E eu te escrevo como sempre escrevi Canto sem nem saber se vai me ouvir E se ouvir, nem sei se um dia vai cantar As palavras que ainda insisto em te dar Teu mundo é confuso Bem, o meu também Tantos vieram e foram nesse vai e vem Mas te faço presente Sabe, eu sou ninguém Porque ninguém te ama Ninguém se importa Ninguém te quer bem Lá fora tá escuro, então sorri Ilumina meu mundo com o teu sorriso Mesmo que falte muito, não te falte aqui Pois com você o pouco Já não é aquilo que eu mais preciso E se o que eu preciso é você? Cada detalhe que te monta e me desmonta Por isso me torno o que preciso ser Mesmo que seja apenas um tal ninguém De um ninguém para um alguém Escrevo enquanto puder escrever Nos versos mais sinceros que tenho O por quê? Eu não sei Só sei que sinto mesmo sem entender Mesmo sem você