Estou correndo no relógio, os ponteiros marcam dez Tenho pressa vou voando, ainda chego antes do sol Ainda vejo no celular em minhas mãos A imagem diluída de um momento que passou Temos tempo vou correndo, tenho o vento a meu favor Penso séculos de vida, ondas feitas de sinais Tenho pressa vou correndo, nos escombros do final Na destruição dos castelos de vidro Na destruição dos sonhos de fumaça Bicho de cera, pele de bicho Ódio ardendo em dor invisível Seus dentes que ferem na alma dos dias De pura maldade te tiram do tempo Te tiram da vida te fazem formiga Você é nada Pra sempre é agora, o futuro foi ontem