Luzes que clareiam a cidade Transforma nuvens em tempestades pra gotas de navalhas Espalha a vida, espalhas água Substituía a magoa pra um sentimento ausente Caminho incertos, caminho de concreto Sobre essa vida de rap a tempestade é teto irmão São apenas retratos de paisagem ultrapasso o céu, cada gota aqui transborda a margem Na vida tudo passa, mas não é uma viagem É apenas a loucura convidando pra outra miragem Que Deus me ajude pra ‘virtuar’ minha virtudes Pra me levar ate as escadas me guia nessa altitude Momentos de trevas faz de homens covardes Faz de forças de vontade não bastar pra ultrapassagem Mano a vida inteira eu busquei meu lugar E hoje eu sei que meu lugar jamais existirá Sou andarilho, metamorfose indecente O suficiente as vezes não vai bastar Somos tão incertos quanto o mar Ainda a tantos segredos a se desvendar Sinceramente sejamos claros, sejamos mais A vida pede mais o rap é um disparo O que seria de nós se fossemos nós? Talvez seja por isso que nos sentimos tão sós Mano... olha bem, mano...pensa bem Qual é sua vontade a vaidade nos deixa refém São tantos porem, pra ser alguém Seja lá o que aconteça vai além Eu’ trampei’ e fiz tudo no capricho Guardei os meus poemas já que a professora disse que era um lixo Nessa vida louco cada passo é um precipício Bem vindo ao fim que reinicia outro inicio Julgam muito rápido, cometem enganos Não passará no lugar que desejamos Somos ser humanos, muito desumanos Prefiro o mar que me chama pra outra dança E eu vou dançar, eu e ela rumo a outro lugar O resto a gente se vira pra alcançar Só peço força pra não parar de caminhar Só peço uma paisagem pra observar Sou valor ao mínimo hoje entendi isso Entendi que temos que ser gratos, só agradecer não basta Por isso eu vivo em cada brinde da taça E no fim percebemos que toda tempestade passa