O escuro já não me espanta Não existe mais amor em sampa Ao som do caos pegue sua dama e dança A mão que tecla não acaricia E desagua um mar de desesperança Não ouço mais texto nem leio instrumental e percebo que Percebo nas faces dos meus que sobrevier cansa Bandido terror na andança essa luta não vai nos parar I have dream, eu tenho um sonho E dele não me canso e só com humildade Não dá pra crer se faz um bom lugar Somos filhos da pátria, mas andamos a sós, senhor rogai por nós Luz nas vielas quebras de cela, a rua vive ela não mente E se prepara pra revolta que habita nela A crise cresce, chapa tá quente Versos descrevem a situação de minha gente Tempos difíceis, cultura com colo Invadindo a praça e destravando pentes E quem vai morrer na forca hoje não é Tiradentes Uma hora o jogo vira fé na vida, fé na gente Fé na vida, fé gente Amor me permita tudo Menos que eu assista domingo O ensaio do fim do mundo Eu quero tudo Já planejei o futuro Faltou caneta então Eu psicografei os muros Eu vi que a luz do poste se apagou Só deu pra sentir o cheiro da fumaça em meio ao breú Mas a cidade iluminada com luzes artificiais Clareia a escuridão que tormenta eu e os meus São flores e plástico jogadas em meio ao caixão E são tantos caixões em meio a andança Falta o básico de saneamento básico a ensino básico Ninguém investe em educação Senão ninguém cai mais no seu conto performático Nesse teatro armado dia a dia seu consciente é o destino Montado pelos pretos na terra dos índios Que venham promessas, promessas e só isso Tanta liberdade nessa terra Sangue que escorreram nessa terra Para que pudéssemos gritar E aonde estão os meninos? Estão em casa dormindo cansados de tanto jogar