A vida valeu, mas será que era pra ser assim? Sofrimento do princípio ao fim A uma dor seguida de outra, dor não resistiu o amor A vida valeu, mas viver em solidão à dois Fez sangrar um coração depois Fez secar a flor, fruto e raiz de todo bem que fiz Hoje, eu depois do vendaval, me sinto imune ao mal Pois Deus não pune a quem se deu Ela que ironia borboleta cega Fui a luz do seu dia Sou cruz que ela ainda carrega E a mulher que foi minha paixão Hoje, de mão em mão, chora por quem já não lhe quer Ao seu mudo grito, reflito em minha mente Ninguém deixa um poeta impunemente