Não sou fadista de raça Não nasci no Capelão Eu canto o fado que passa Nas asas da tradição Nunca usei negra chinela Nem vesti saia de lista Nunca entrei numa viela Mas tenho raça fadista Tirei suspiros ao vento Olhei um pouco o passado Busquei do mar o lamento E fiz assim o meu fado É este fado famoso Que em noites enluaradas O Conde de Vimioso Tangia nas guitarradas Era fidalgo de raça E ficou na tradição Cantando o fado que passa Na Rua do Capelão