Sou taura dessa querência genuína criado pelos garpão de à cavalo nos tição, índio bagual melenudo, um destes xirú beiçudo que só se banha sozinho e pra dá louvado aos padrinhos tem qu vim aos empurrão. Me criei arrebentando cuião de bagual aporreado metido a macho, por que eu também sou louco criado guacho desmamei sem tabuleta fiz do dedão a chupeta e tem por enfeite o ventena carrapicho nas melena e até bizorro nas venta sou conhecido pelo toque da minha cordeona, e esta cantiga redomona que trouxe à cabresto lá da biboca, meu canto é xucro mas se dá logo a entendê e só pela estampa se vê que tem que sê da Bossoroca E é por isso que minha canção tem uma linguagem campeira traz o cheiro de garpão e a esterco de mangueira Com este xucrismo que trago eu canto meu pago com amor e carinho resgatando no canto que faço as raíz em pedaço que achei no caminho meu canto que vem no reponte é parido no campo cheirando campim qual o relincho de potro e um touro que berra escarbando terra nos munchão de compim Meu canto traz reminiscências e não conhece maneia ou buçal mas tem o jeito da minha querência moda véia bem xucra e bagual e esta vinte e quatro baixos que vai repontando o segredo é o xucro Rio Grande macho que bufa e berra na ponta dos dedos Meu canto nasceu no borraio no calor da cinza do cerne de anjico traz a marca de um xirú monarca do Rio Grande, antigo teperado ao vapor da fumaça no chio da chaleira e o canto dos galo meu canto bufa, fazendo rumor rufo de tambor nas pata do meu cavalo Fui criado campo fora retinindo a esposa, pelas madrugada nas ronda de tropa, fui acrimatado com os garrão rachado curtido da geada nasci e quero morrer na estância domando e proseando com o bicharedo meu canto é selvagem e não frouxa o garrão pois tem a formação desta pátria de São Pedro