Casinha branca da serra No alto dos pinheirais Eu fiz uma serenata Que não esqueço jamais A lua por trás da mata Tarde da noite surgindo A natureza em silêncio E uma janela se abrindo Um rosto triste avistei Dois olhos negros molhados Cabelo preto comprido E um corpinho delicado Recaído na janela Me ouvindo em serenata Morena a noite é tão bela Saudade de ti me mata No céu piscava as estrelas Em frente o riacho corria Vento esta noite não veio A mata inteira dormia A cascata borbulhava Nas pedras águas batendo Meu violão soluçava Por ver dois amores sofrendo E no silêncio da noite O violão soluçava Teu corpo sobre a janela Duas mãos quentes afogava Nossos lábios se encontraram Dois minutos coladinho Parece que a mata de inveja Também chorava baixinho Casinha branca da serra Aí, aí, aí Breve será nosso ninho