Te prepara compadre Gildo que eu vou chutar no teu gol de novo! Eu estes dias fui dar uma volta Andava na margem don rio Taquari Fiquei sabendo que o rico compadre Gildo de Freita andava por ali Tava comendo uma cascavel Prima-irmã da cobra Sucuri Vinha ser neto da cobra Jibóia Meu compadre gostando engoliu Quando a cobra desceu na barriga Ele deu um grito e eu tive que rir Que cara feia ele fez Eu perguntei porque ele gritou Naquela hora que a cobra desceu Ele esticou a barriga pra frente Deu um gemido e depois se encolheu A cascavel pulava na barriga No seu umbigo por dentro mordeu Botão a mão para a cobra não sair Deitou no chão rindo adormeceu Fiquei olhando por todos os lados E cobra veia não apareceu Ele só roncava satisfeito! Ele dormindo e sonhando com a cobra Quando acordou me deu um arrepio Pegou o facão e veio contra mim Com roupa e tudo me joguei no rio Fui dar risada lá no outro lado Da cascavel que o compadre engoliu Se foi cantando Baile de Respeito De Mais Respeito cantei e ele ouviu E o sentimento que eu trago comigo É não puder ver aonde a cobra saiu A barriga do meu compadre parece cemitério e cobra! Compadre Gildo de Freita me disse Pra eu me virar numa cobra comprida Pra engolir ele com exporá e tudo Perca a esperança a parada é perdida Eu vou ficar no mundo pra semente Comigo ficam dez mulher querida Fazendo letras de todas as cobras Que por ti todas já foram engolidas Não adianta mudar teu destino Tu vai comer cobra toda a tua vida Tu não é bruxo pra te escapar compadre.