De manhãzinha voltou a Rosa, sem dizer nada Vinha sozinha e mais formosa, bem apressada Parou na Rua do Capelão, onde esperava O tal rapaz que há muitos anos a namorava Ai quem diria Que um dia a Rosa da Mouraria Voltava àquela casa No Largo da Severa Ai quem diria Que a Rosa da Mouraria Tinha a vida bem guardada P'ra voltar a ser quem era Viu sardinheiras e margaridas numa janela Namoradeiras entristecidas à espera dela Agora a casa tem o encanto que tinha outrora Até a Rosa já prometeu não ir embora