Já são 4 horas da manhã A arma já ta carregada Pronta pro abate de uma mente sã Esperei por tanto tempo e o mesmo nunca me ajudou Eu chorei por tanto tempo e ninguém nunca se importou O que me divide me mata E o que me completa jamais será meu E isso nunca foi nada Jamais, percebi o quão burro fui eu Não que me importe mais Forte mas Fraco Ferido Fonte de contos trágicos Cínicos Meu favorito eu E o mundo acaba assim? A cada dia mais longe de quem eu fui e mais perto do próprio fim Pra mim eu Propus um jogo Não deu Perdi de novo Sei que tudo que eu queria era ver tudo pegar fogo A história vira cinza E eu tô aqui inerte Como baratas esperando a dor alheia te diverte? Se conserte ou se converte, essa é a regra social E que se foda o resto Bem-vindo ao nosso mundo igual Era novo, né? Morreu de quê? Não sei, mas quem se importa finge o luto e vamo ver O meu diário anda macabro e que culpa que eu pude ter? Virei referencia mor em depressão Como vê Eu Parei Pensei Orei Cansei Mostrei Pra quem quisesse ver a morte a me abraçar Eu sei Eu sei Eu sei Já sei porra Eu sei que ninguém nem vai se importar A dor alheia não comove mas nem posso te julgar É da natureza fria do humano se virar Pressionando a sua criança que se esforça em ajudar Ensinando arrogância, ganância sem nem um pesar Na mente Mentiras são só proteção E sempre me lembro de tudo que eu fiz pelo erro De ser quem jamais teve chão Talvez fosse mentira E antes que eu parta Deixo vocês com a certeza de que foi minha última carta